Ontem falei com a minhã mãe:
- Mãe! Me fala uma música que você gosta e vamos ouvir juntos.
Ela me respondeu:
- Eu gosto daquela assim: "... a lua e eeeeu, a lua e eeeeu..."
- Como ela chama? Quem canta?
- Não sei, mas eu gosto. Ela é bonita!
- Peraí que eu vou procurar...
Eu já a tinha ouvido. A princípio achei que fosse do Tim Maia, sei lá o porquê.
Na verdade sei sim. O ritmo e o arranjo são muito parecidos com músicas do Tim.
Estavamos na sala. Meu computador estava conectado à televisão. Acessei ao youtube e fiz uma pesquisa digitando "a lua e eu", logo, cliquei no primeiro link que apareceu.
E não era que era a música que minha mãe falou!
Era uma música muito bonita e eu não conhecia o compositor.
- Cassiaaanooo!!! É essa meeesma!
Gritou minhã mãe assim que se abriu o vídeo.
Ouvimos do começo ao fim e cantamos juntos trechos da música. Foram 2 minutos e 54 segundos muito agradáveis. Muito afetivos. Não pareciam uma eternidade e também não foi chato. Foi surpreendente! Percebi o quanto estar ao lado de alguém que se ama é valioso. Vi o quão contente ela ficou com aquele breve e terno momento por eu apenas estar alí, perto.
Quero fazer isso mais vezes!
Kiproquós
Quiproquós (qüi). [Do lat. quid pro quo, ?isto por aquilo?, ?uma coisa por outra?.] Substantivo masculino. 1.Confusão duma coisa com outra. 2.Situação cômica ou faceta resultante de equívoco(s)
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
domingo, 7 de novembro de 2010
De volta à volta
De volta à linha da consciência do que é incerto
Vejo presente a razão à razão de verdades
No aprendizado do convívio entre loucos lúcidos
De volta à corrida em busca dos sonhos a realizar
Vejo presente o futuro próximo próspero
À consequência das ações repentinas de origem sã
domingo, 24 de outubro de 2010
domingo, 3 de outubro de 2010
uma incrível verdade do momento vivido...
Os ombros que suportam o mundo
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertam ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertam ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Carlos Drummond de Andrade
1935 - Sentimento do Mundo
...e como 'momento', por ser passageiro, espero que seja um breve sentimento.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
Espiritualidade Litúrgica para nós hoje
As experiências do perdão e do arrependimento nos remetem a algumas consciências que às vezes, por fechamento, perdemos:
Somos limitados: nossa condição humana - fragilizada por um convívio social em ambiente completamente hostil à fraternidade, ao respeito para com o próximo, ao amor aos outros, como valor a ser perseguido - tende a nos tornar autônomos em relação uns aos outros (eu não preciso de ninguém!) e em relação a Deus (eu posso viver e fazer o que quiser, que Deus vai me perdoar de qualquer jeito!), um risco à nossa perspectiva de vida feliz e uma falha na compreensão do amor de Deus, que, embora seja infinito, não pode ser manipulado e usurpado por nossos equívocos.
Deus é maior que nossos limites: esta certeza se demonstra para nós não só em inúmeras páginas do Evangelho, mas também em vários momentos da nossa vida real. Quantas vezes, se fôssemos levar em conta nossas atitudes e nossos pensamentos sobre Ele, Deus jamais se ocuparia de nós! Mas em seu amor, que simplesmente transcende todo e qualquer entendimento nosso, Ele está sempre disposto a nos reintroduzir na graça abundante que dele procede.
O amor derramado, junto com o sangue e a água que jorraram do lado aberto do Senhor no momento da cruz, nos convidam a amar e a nos doar uns pelos outros, nos outros e com os outros, para que jamais tenhamos a tentação de sair da casa do nosso Pai. Que o Pai misericordioso nos ajude. Assim seja!
Júlio Rodrigues Neves Junior
ABC Litúrgico - nº 1814 - 12/09/2010
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